Emponderando o
vernáculo
Há algum tempo escrevi um texto
que intitulei Gerundizando sobre o
vernáculo. Agora, com tanto
emponderamento por aí vejo que é o momento de novamente estar escrevendo sobre os tais cacoetes
na comunicação entre as pessoas: redundâncias, modismos, anglicismos tolos, muletas
verbais, impropriedades e outras pragas que empobrecem o nosso linguajar
cotidiano. Além de imprecisões e erros crassos que muitas vezes até mesmo
dificultam a compreensão do leitor ou do ouvinte. Se não houverem esforços, não sobrará pedra
sobre pedra da norma culta. Na boa,
isso daí é um fato real, uma séria preocupação dos educadores. Só que não. Quem se preocupa com isso? Tipo assim. Aonde encontrar um texto sem vícios, seja na forma impressa ou virtual?
Onde estamos indo? Claro, não se
pretende coibir a livre expressão, impor qualquer tipo de autocensura, ninguém
precisa ser filólogo ou orador para se manifestar. Mas, via de regra, especialmente as
redes sociais, o modo predominante de contato na sociedade moderna, nos remetem ao que há de mais pobre em
termos de expressão. Ao invés de
criar um cíclo virtuoso, as redes
vão sendo cada vez mais customizadas pelos
seus usuários para se adequarem a um perigoso utilitarismo. Pra mim escrever este texto é preciso estar falando de um lugar de capturar a
atenção para uma questão que considero relevante. É necessário fazer um detox na comunicação. Não tenho grande
poder de divulgação, e por isso utilizo as redes sociais para fazê-lo. Como diz
o ditado popular, quem não tem cão caça
com gato [como o gato]. Espero que
esta minha crônica seja percebida,
que vá de encontro ao desejo
daqueles que estão meio que
desconfortáveis com tudo isso que aí
está.
15/03/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário