terça-feira, 13 de junho de 2017



Emponderando o vernáculo
Há algum tempo escrevi um texto que intitulei Gerundizando sobre o vernáculo. Agora, com tanto emponderamento por aí vejo que é o momento de novamente estar escrevendo sobre os tais cacoetes na comunicação entre as pessoas: redundâncias, modismos, anglicismos tolos, muletas verbais, impropriedades e outras pragas que empobrecem o nosso linguajar cotidiano. Além de imprecisões e erros crassos que muitas vezes até mesmo dificultam a compreensão do leitor ou do ouvinte. Se não houverem esforços, não sobrará pedra sobre pedra da norma culta. Na boa, isso daí é um fato real, uma séria preocupação dos educadores. Só que não. Quem se preocupa com isso? Tipo assim. Aonde encontrar um texto sem vícios, seja na forma impressa ou virtual? Onde estamos indo? Claro, não se pretende coibir a livre expressão, impor qualquer tipo de autocensura, ninguém precisa ser filólogo ou orador para se manifestar. Mas, via de regra, especialmente as redes sociais, o modo predominante de contato na sociedade moderna, nos remetem ao que há de mais pobre em termos de expressão. Ao invés de criar um cíclo virtuoso, as redes vão sendo cada vez mais customizadas pelos seus usuários para se adequarem a um perigoso utilitarismo. Pra mim escrever este texto é preciso estar falando de um lugar de capturar a atenção para uma questão que considero relevante. É necessário fazer um detox na comunicação. Não tenho grande poder de divulgação, e por isso utilizo as redes sociais para fazê-lo. Como diz o ditado popular, quem não tem cão caça com gato [como o gato]. Espero que esta minha crônica seja percebida, que vá de encontro ao desejo daqueles que estão meio que desconfortáveis com tudo isso que aí está.

15/03/2017

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