ALTO
PARAÍSO DE GOIÁS
Quer ver um disco voador? É só
acordar às quatro horas da manhã e olhar para o céu.
Geograficamente
falando, o município de Alto Paraíso de Goiás situa-se na Chapada dos
Veadeiros, em uma altitude de 1.300 m, distando 230 km de Brasília. Possui uma
população estimada em cerca de 7.000 habitantes. Desses, uma parte é composta
de egressos de outros estados: são gaúchos, paranaenses, paulistas, cariocas
etc., gente que chegou em busca de um novo estilo de vida e por lá acabou
ficando. E há também estrangeiros,
residentes ou de passagem. A vegetação é a do cerrado, que lembra muito a
savana africana. Ao contemplá-la, eu fantasiava ver os leões, os elefantes, as
girafas e toda a maravilhosa fauna que víamos nos safáris realizados na África
do Sul. Em Alto Paraíso o que se vê é uma grande variedade de pássaros: araras
em lindas revoadas, tucanos, sanhaços etc. Não chegamos a ver nenhum dos
animais daquelas bandas, como tamanduá e lobo guará. Vimos uma cascavel que se
esgueirava pela estrada. Além de
propiciar ao visitante uma vasta oferta de passeios por trilhas ao encontro de
deslumbrantes cachoeiras, Alto Paraíso é também um lugar mágico. Comecemos a
crônica de nossa viagem pela concretude.
Resolvidos
a escapar do Carnaval carioca de 2013, eu e minha esposa Edna marcamos uma
viagem a AP saindo da cidade do Rio de Janeiro no sábado de Carnaval. Partimos
de avião até Brasília e lá, no aeroporto, alugamos um carro para completar o
percurso. Era a nossa segunda viagem a AP; a primeira ocorrera há dois anos,
uma esticada de pouco mais de um dia a partir de uma estada em Brasília, com
nossos filhos e genro. Gostamos muito, ficáramos de voltar. E lá estávamos, na
mesma simpática pousada, a Alfa & Ômega. Edna ficou comigo até a quarta
feira de cinzas, quando teve que regressar ao Rio. Eu decidira prolongar a
minha estada até o domingo pós Carnaval.
Chegados
a AP na noite de sábado, fomos direto à casa do sobrinho Erick e sua esposa
Juliana, onde está instalado o Restaurante Semfronteira, especializado em
comida mexicana, os famosos Tacos, mas oferecendo outras opções. Era uma noite
muito agradável, céu estrelado, eu fantasiando que poderia avistar um disco
voador, experiência que parece bastante trivial naquela localidade. Conversando
com os sobrinhos logo tratamos de agendar um primeiro passeio para o dia
seguinte, com um guia credenciado. Aprendemos que percorrer trilhas pode
demandar muitas horas, o sol é forte, deve-se levar protetor solar, chapéu,
alimentação e água. No que acabou sendo um golpe de sorte, o tal guia não
apareceu na pousada e nem deu qualquer satisfação. Recorremos à outra indicação,
e nos veio o Fernando. Não poderíamos estar mais bem servidos: biólogo, Fernando,
ao longo das diversas trilhas que com ele percorremos, a sós ou na agradável
companhia de três moças paulistas, ia nos passando oportunas informações sobre
a flora e fauna local. Guia atento, sempre bem humorado, Fernando, inclusive,
salvou uma moça de outro grupo de ser arrastada para uma potencialmente
bastante perigosa cachoeira. Caminhar nas trilhas exige cuidado, atenção,
muitas delas só podem ser percorridas com um guia credenciado. E outras podem
ser um tanto cansativas para quem não estiver em boa forma. Mas, compensa. É
turismo ecológico de alta qualidade. O contato com a terra e com a mata, os
refrescantes banhos de cachoeira e a deslumbrante vista da chapada definitivamente
valem o esforço.
Existe
uma grande oferta de passeios a disposição. As trilhas não começam próximas ao
centro do pequeno município. Há que se chegar a elas por estradas de asfalto e
de terra dirigindo por distâncias que podem ser razoavelmente longas. Para
melhor aproveitamento deve-se iniciar a jornada razoavelmente cedo, mas sem
necessidade de madrugar. Munidos cada um de nós com uma “merenda”
providencialmente preparada pelo casal de sobrinhos, saíamos em torno das 9:00
horas da pousada, que nos oferecia um caprichado café da manhã. Os passeios
selecionados para os três primeiros dias foram: Cachoeira dos Macaquinhos,
Parque Nacional Cânions e Catarata dos Couros. A distância a percorrer de carro
até o início das trilhas variava ente 37 e 53 km. As trilhas em si,
classificadas como de grau fácil, médio e difícil, tinham seu percurso variando
entre algumas centenas de metros até 10 km, contados os trajetos de ida e de
volta. Regressávamos ao final da tarde ou início da noite para um saboroso
jantar preparado no Semfronteiras. Na quarta feira a Edna precisava pegar o vôo
em Brasília, de modo que só dispúnhamos da manhã para um passeio, e então fomos
à Cachoeira Loquinhas, próxima ao Centro, e com caminhada curta e leve. Alem
das citadas, visitei ainda, agora na companhia dos sobrinhos, a Cachoeira dos
Cristais. Trata-se de uma trilha de fácil acesso, pontilhada por pequenas
cachoeiras que formam piscinas muito propícias ao banho. Na entrada, existe uma
lanchonete onde se pode saborear excelentes pastéis de palmito, bacalhau etc.,
acompanhados de uma cerveja gelada, porque ninguém é de ferro.
ALTO PARAÍSO MÍSTICA
Há
uma suposição bastante difundida de que Alto Paraíso desfruta de uma condição
muito especial. Particularmente ante a crença de que o mundo acabaria no dia 21
de dezembro de 2012, segundo uma interpretação do Calendário Maia, muitas
pessoas acorreram àquele sítio mágico, onde estariam a salvo do Apocalipse. O
mundo não acabou em lugar algum do planeta, mas AP segue mantendo a sua aura de
transcendentalidade. Sobre essa condição transcrevemos algumas considerações do
escritor denominado polígrafo Luís A. Weber Salvi, em seu livro 2013 – A Cidade
Portal (citado pelo mesmo autor em outro de seus trabalhos, Harmonização Planetária,
Editorial Agartha, 2009):
Este livro demonstra, através de
uma série de revelações sobre as coisas da Nova Era que, por todos os signos, a
cidade de Alto Paraíso de Goiás, está predestinada a ser uma Cidade Portal para
os atuais momentos de transição planetária, e talvez por muito tempo ainda no
futuro. Alto Paraíso acha-se sob uma especial confluência de energias da Nova
Era e do Novo Mundo, tendo por tarefa terminar de unificar estas dimensões e
projetar para o futuro as bases de uma civilização efetivamente sagrada e
universalista.
Após a partida da Edna, eu tinha como projeto explorar
essa questão, visitando determinados sítios e conversando com pessoas. Com esse
objetivo contratei mais uma vez os serviços do nosso eficiente guia, Fernando,
para um tour. Começamos dentro da
própria cidade. Eu estava interessado em ver a casa em cuja parede aparecia
escrito, e registrado na foto da reportagem do jornal O Globo sobre AP, realizada
antes do “fim do mundo” : CONSERTAMOS DISCO VOADOR. Ah, lá estava ela. Tratei logo
de obter uma foto, na qual eu apareço como que consertando uma peça em frente à
casa, e postei em meu facebook. Seguimos então para um local um tanto afastado,
com o objetivo de visitar um sítio particularmente interessante, o ateliê de um
renomado artista plástico, o Conde Alberto Frioli.
Reptilianos
No
caminho, tive a oportunidade de escutar do meu guia uma descrição dos
reptilianos, seres intraterrenos que saem das profundezas da terra através de
um Portal na montanha e podem viver entre nós, assumindo a forma humana. Nessa
condição, eles são obesos. Aqueles que entendem sua missão terrena se tornam
bem sucedidos, como fazendeiros, por exemplo, comprando terras justo acima de
onde vive sua comunidade intraterrena. Já aqueles que não compreendem sua
missão terrena são ainda mais obesos, e exalam um cheiro forte. Têm apego
material e são capazes de hipnotizar para conseguir seus objetivos. Fernando
disse ter ouvido de alguém uma autodeclaração de reptiliano. Essa teoria da
existência de reptilianos logo viria a ser reafirmada por uma respeitável
senhora, professora universitária aposentada, que visitaríamos em sua casa
octogonal construída na grande área de propriedade do Conde Alberto Frioli,
muito próxima ao ateliê desse artista. Essa senhora viria a reportar que certa
feita, quando pescavam, ela e seu marido, à beira de uma praia no Rio Grande do
Sul, viram emergir do mar, na vertical e com enorme velocidade, uma nave em
forma de carrapeta, que logo desapareceu de suas vistas. Ela nos apresentou essa
visão como prova da existência de reptilianos.
O
ateliê de Alberto Frioli
Alberto
Frioli, Conde de Rezzano, nascido na Itália, em 1943, naturalizou-se
brasileiro. Tendo vivido entre Europa e São Paulo, está radicado em Alto
Paraíso. Lá comprou uma ampla área de terra onde construiu sua casa e seu
ateliê. (Segundo sua assistente, o senhor Alberto tem um ambicioso projeto de
construir em sua propriedade um parque à semelhança do Parque Inhotim, em Minas
Gerais). Em um enorme salão encontram-se dispostas uma coletânea
de obras produzidas dentro de um design definido como “técnico-mítico”,
sobressaindo-se o Harmonizador Planetário e o Cavalo Áquilon.
O
Harmonizador Planetário é uma impressionante escultura de 3,2 metros de altura.
Na definição de seu criador, conforme citado no livro Harmonização Planetária:
Parte da simbologia hermética que
em tempos passados foi semeada e fixada na arquitetura gótica, e que hoje é
conhecida como “o mistério das Catedrais”, está sintetizado no Harmonizador
Planetário. Um conjunto de ensinamentos ocultos que mostram o caminho alquímico
destinado a resgatar o homem dos planos inferiores da existência (...).
Visualmente
ainda muito mais impactante é a escultura do cavalo Áquilon, feita com fibra de
carbono, em tamanho natural, e que se equilibra em uma só pata, o que transmite
uma forte impressão de movimento e ascensão, propiciada pelas suas doze asas,
com uma extensão de seis metros. Segundo o texto do livro Harmonização
Planetária, “Áquilon é o cavalo alado ‘andrógino’ que se volta vitorioso para
as estrelas. ‘Representando o resgate e a libertação final do próprio homem
desde os planos inferiores de seu ser”. Seja lá o que representar, o cavalo é,
em si, uma belíssima escultura.
OVNI´S e ET´s
Praticamente
de todos aqueles com quem conversei, de aparência mística ou absolutamente
racional, acabei recolhendo, muitas vezes após uma “preparação do terreno”,
relatos que merecem ser reportados:
Certa feita encontrei-me com duas
amigas que estavam entrando em um carro. Iriam, disseram, visitar uma base fixa
de discos voadores. Decidi ir junto. Era noite, subimos uma montanha e lá em
cima, no espaço, vimos dois discos voadores fixos. Uma de minhas amigas ficou
muito assustada, eu também tive medo, mas a outra amiga, que portava uma
lanterna decidiu fazer contato. A tal lanterna podia emitir luzes vermelha ou
amarela. Quando ela emitia luz vermelha, uma das naves sinalizava na mesma cor.
Quando emitia luz amarela, recebia de volta luz branca, da outra nave – E foi
tudo? – perguntei. – Foi. – a senhora retornou alguma vez àquele lugar? – Não.
(Relato daquela respeitável senhora, residente em Brasília, e com uma casa em
AP).
Uma tarde saí de uma agência
bancária e vi um carro da polícia próximo a uma casa lotérica. Havia algum
movimento de pessoas em torno. Achei aquilo curioso, mas retornei à pousada.
Lá, perguntei a uma hóspede, uma senhora de aparência absolutamente racional,
se ela sabia de alguma ocorrência. – Então você não sabe? – retrucou, perplexa,
a hóspede. – É a polícia intergaláctica. Ela está por toda a cidade. Está
perseguindo ET´s. Eu, inclusive, para minha segurança, estou proibida de voltar
para a minha casa. (Relato de outra respeitável senhora, gerente de uma
pousada, que nada mais disse à hóspede). ― era o caso de temer-se que as
diárias da estadia viessem a ser pagas com um “cartão intergaláctico”, o que,
felizmente, não ocorreu. E foi assim que eu fiquei sabendo da existência da tal
patrulha, que impunha a lei contra ET´s desviantes.
Uma noite um casal de japoneses e
um rapaz, chegaram à pousada para se hospedar. Pediram autorização para usar o
espaço Metatron (um salão ao fundo da pousada, consagrado à prática de
massagens, meditação, palestras etc.). Eles haviam encontrado a polícia intergaláctica
e precisavam estar no Metatron para entrar em contato com ela. (Relato daquela mesma
senhora, gerente da pousada).
Uma noite, estávamos nós, dois
biólogos e um geógrafo, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
monitorando o pato mergulhão. Subitamente surgiram sete pontos de luz prateada
ziguezagueando no céu. O fenômeno repetiu-se sete vezes ao longo de uma hora.
Certamente não eram aviões, pois durante aquele intervalo pudemos comparar as
luzes emitidas por um deles em sua passagem pelo céu com aquelas estranhas
aparições. (Relato de nosso guia biólogo).
Quatro horas da tarde. Estávamos,
eu e uma amiga, aguardando a chegada de um ônibus na estação rodoviária [minúscula]
quando, vimos, nitidamente, um disco voador se deslocar nos céus. Disse a ela
que não comentasse nada, mas viemos a perceber que muitas outras pessoas também
haviam visto o fenômeno. No dia seguinte, retornamos, ao mesmo local e na mesma
hora. Pontualmente o disco voador fez idêntica aparição. (Relato de um senhor, contador
de causos, e autor da afirmação na
epígrafe desta crônica).
Certa feita um morador daqui foi
abduzido por um disco voador que, posteriormente, o trouxe de volta. Passado
algum tempo, esse morador começou a sentir um incômodo, na altura do cangote.
No hospital, foi identificada a presença de um cristal – um chip de
monitoramento − que fora inserido naquela região. O cristal foi removido
mediante uma pequena cirurgia. (Relato de um senhor de aparência insuspeita).
Rituais
e tratamentos não hipocráticos
Anualmente realiza-se
em AP o Festival do Ayuascar, ao qual acorrem pessoas de todo o mundo. Dura 15
dias, e os participantes pagam o preço de R$ 150,00 por dia. Há uma série de vivências,
e conferências, proferidas inclusive, por pajés. A prática de tomar-se o chá do
Santo Daime é corrente nesses encontros e, também fora deles. Fui informado
ainda que AP abriga uma escola de bruxas, dentre outros sítios misteriosos. Não
fui verificar.
Uma pessoa me contou sua fantástica experiência ao tomar
o chá. Foi em uma espécie de culto. Passou terrivelmente mal, experimentou
diversas visões, inclusive de Jesus Cristo, viu a sua vida escoando, escutava
as pessoas ao seu redor e, em desespero, pedia que não o deixassem passar. E então escutou lhe oferecerem a
oportunidade de retornar como feto no ventre de uma grávida lá presente.
Recusou, queria ficar como era, e então lhe colocaram por cima o “cobertor da
cura”. Quando, finalmente, retornou do transe sentiu que estava liberto de seus
males.
Outras práticas curativas nada ortodoxas que me foram
reportadas são a uritoterapia – relatada como praticada, inclusive, por um
médico e sua família −, a hemoterapia – a extração do sangue venoso de uma
pessoa e a imediata aplicação no músculo dessa mesma pessoa −, jejuns absolutos
de quinze dias, sendo que os sete primeiros com abstinência até mesmo de água.
Existiriam pessoas que vivem sem comer e beber, alimentando-se tão somente do
sol. Para os não afetos a tais práticas recomendo a massagem ayurvédica (palavra sânscrita que significa
ciência da vida). A massagem ayurvédica
é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Atuando sobre os
sistemas linfático e circulatório, é considerada como bastante benéfica à
saúde. Tomei duas sessões com duas profissionais diferentes, uma gaúcha e uma
francesa. É bastante relaxante.
Telepatia
A geologia de Alto
Paraíso, com a sua abundância em cristais de quartzo, favoreceria as
comunicações, potencializando, inclusive, a telepatia. A mentalização de uma
pessoa faria essa pessoa aparecer. Outro efeito dos cristais de quartzo seria a
de cura de alguns males, como dor de cabeça, por absorverem energia.
Minhas
considerações sobre OVNI´s e ET´s
Nunca me preocupei
muito com a suposta existência de OVNI´s e ET´s, mas, em AP, dei bastante tratos
à bola sobre o assunto. Se existe vida extraterrena, creio, não será na forma
em que nossa limitada capacidade de abstração a concebe. Humanóides
transportados em naves especiais, abduzindo e monitorando seres humanos são
apenas projeções de nossas vivências. Por que fazer experiências científicas em
seres humanos, da mesma forma com que as realizamos em camundongos? Quem pode
se transportar através de milhares, ou milhões, de anos-luz está mais distante
dos humanos do que esses de suas cobaias. Tendemos a imaginar ET´s assim como o
fazíamos com os deuses do Olimpo grego. Todos eles com formas físicas e comportamentais
absolutamente humanas. Se civilizações inimaginavelmente mais avançadas realmente
existem, porque estariam, há tanto tempo, preocupadas com outra tão rudimentar
e autodestrutiva quanto a que estabelecemos aqui na Terra? – Estão tentando
contribuir para o nosso aperfeiçoamento. – ouvi de algumas pessoas. Se esse é o
propósito, temo que não estejam sendo bem-sucedidos. Polícia intergaláctica
perseguindo ET´s do mal? Mais uma vez tudo o que vejo é uma projeção de nossas
vivências terrestres. – É muita arrogância nossa imaginar que seríamos a única
forma de vida no universo ― assim argumentam os defensores da vida
extraterrena. ― Mas, como seria essa vida?
― pergunto eu. Para os criacionistas, Deus criou o homem à sua imagem e
semelhança, aqui na Terra. Um
milagre. Ponto. Para os evolucionistas, a possibilidade de repetição, em outro
mundo, da fantástica cadeia de eventos que, partindo de formas elementares de
vida, há bilhões de anos, chegou ao “homo sapiens” é absolutamente descartável.
O que ocorreu aqui é tão único que também poderia ser considerado “milagre”.
− Mas, então, todas as visões de OVNI´s, de humanoides,
são pura e simplesmente mentiras? – Não, não posso afirmar isso. Muitas
hipóteses podem ser aventadas para tais aparições: fenômenos metereológicos,
satélites artificiais, meteoritos cruzando o espaço, ilusões da mente,
necessidade de crer (crer para ver),
etc. Ou, será que poderíamos imaginar que tais visões somente aparecem para
aqueles espiritualmente preparados, como na conhecida narrativa das aparições
de Nossa Senhora de Lourdes, em Lourdes, França, em diversas ocasiões e para
diversas pessoas? Não sou dono da verdade, mas quero ter a liberdade de
proclamar que não creio em OVNI´S e ET´s nas formas até então descritas. Até
prova em contrário. Por outro lado, ao contemplar as grandes Pirâmides de Gizé,
no Egito, tive uma certeza: elas não foram construídas pelos egípcios de seu
tempo. Absolutamente impossível conceber-se tamanhos blocos de pedra, cortados,
com absoluta precisão, de pedreiras situadas a grande distância do sítio onde
as pirâmides se encontram, e sendo transportadas através de um deserto
escaldante. Eles não dispunham de máquinas e equipamentos para tal proeza. Então,
quem as construiu? Viajantes no tempo, vindo de outras civilizações? Não sei. Creio,
sim, na possibilidade de vida
extraterrena, mas não sob qualquer forma por nós imaginável. Ela seria
extremamente sutil, quem sabe, uma forma de energia que se transporta ignorando
as barreiras do espaço-tempo?
Era
a minha última noite em AP. Noite linda, estrelada, temperatura amena, como
todas aquelas que eu experimentara. Saí da casa-restaurante dos sobrinhos e
caminhei pela escura e deserta rua que levava à minha pousada. Refletindo sobre
essas questões, me dei conta de que aquele não tinha sido propriamente um
assunto adequado para ser conversado até a meia noite, e depois ir dormir em
uma pousada com tantos recantos esotéricos. E na qual eu era um dos poucos
hóspedes que haviam permanecido após o feriadão de Carnaval. A pousada dormia
em silêncio. Eu tinha a chave do meu quarto. Avancei pela área externa em
direção ao meu quarto e tranquei-me rapidamente. Confesso que, ali sozinho, me
inquietava um pouco a sensação de poder estar sendo observado por alguma coisa que escapava completamente à minha
compreensão. E se a tal coisa se materializasse? “Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las
hay”. Para não mais pensar naquilo, retomei a leitura de
mais um livro da Agatha Christie. Ao menos lá os mistérios seriam racionalmente
desvendados.
Bem,
não vi OVNI ou ET. Mas, Alto Paraíso de Goiás é um lugar danado de bonito e
fascinante. Voltarei lá.
Fev/2013
O Italiano citado por vc ouvi nuna live ontem, vc deu boas informacoes aqui. Marcus 91 98121 9545
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