VIETNÃ – Anotações de uma viagem
A crônica a seguir
reflete as minhas impressões pessoais colhidas em recente viagem àquele país,
em um tour pela Indochina com a minha esposa Edna, nossa fraternal amiga
chilena Karin e mais 11 pessoas. Visitamos três cidades, principiando pela
capital Hanói, seguindo para a pequena e charmosa Hoi An e terminando em Ho Chi
Minh. Com base em Hanói partimos para a absolutamente deslumbrante Baia de
Halong, onde passamos o Réveillon de 2018/19 a bordo de um barco com todas as
acomodações de um hotel. De lá
retornamos para Hanói, de onde seguimos para Hoi An. Antes de iniciar as minhas
anotações pessoais apresento algumas informações básicas sobre o Vietnã,
encontradas em (1):
“Vietnã, oficialmente República
Socialista do Vietnã é um Estado Soberano localizado no leste da
península da Indochina, no Sudeste Asiático. Faz fronteira com a
República Popular da China a norte, com Laos e com
Camboja a oeste, com o golfo da Tailândia a sudoeste, e a leste e sul com o mar da
China Meridional, onde há mais de 4 000 ilhas (e recifes) próximas e
distantes da costa, muitas destas reivindicadas pelo Vietnã, sendo que ainda
estão em disputa outros países, como a República da China (Taiwan), a
República Popular da China, a Malásia e as Filipinas. Com uma população de
mais de 90 milhões de habitantes, é o 14º país mais populoso do mundo tendo,
tendo Hanói como sua capital desde sua reunificação, em 1976.
A região do atual país fez
parte da China Imperial por mais de um milênio, a partir de 111 a.C até
938 d.C. Os vietnamitas se tornaram independentes da China Imperial no ano de
938, após a vitória vietnamita na batalha de Bach Dang. Dinastias
reais vietnamitas sucessivas floresceram quando a nação se expandiu geográfica
e politicamente para o Sudeste da Ásia, até a península da Indochina
ser colonizada pelos franceses em meados do século XIX. Na
sequência de uma ocupação japonesa, na década de 1940, os vietnamitas
lutaram contra o domínio francês na Primeira Guerra da Indochina, que
resultou na expulsão dos Franceses em 1954. A partir daí o Vietnã foi dividido
politicamente em dois estados rivais, o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul. O
conflito entre os dois lados se intensificou, com forte intervenção
dos Estados Unidos no conflito que ficou conhecido como a Guerra do
Vietnã. A guerra terminou com a vitória norte-vietnamita em 1975. Após a
vitória do Vietnã do Norte sobre o Vietnã do Sul, representado pela Frente
Nacional de Libertação do Sul do Vietnã, o país passou a ser a República
Socialista do Vietnã, mantida até aos dias atuais.
Desde 1986, a economia nacional
está em transição de uma economia planificada para uma de mercado. Esta
mudança fez com que, em 2012, as empresas estatais respondessem por
apenas 40% do produto interno bruto. O setor econômico
vietnamita é um dos que mais crescem no mundo, de acordo com o Citigroup,
estando em 11º lugar nas economias de mais rápido crescimento. Com a
reforma econômica implementada no país, este tornou-se um membro
da Organização Mundial do Comercio (OMC) em 2007. No entanto, o país
ainda enfrenta muitos problemas, como a inflação, a falta de equilíbrio
econômico, as deficientes condições de saúde, a pobreza e
a desigualdade social. Oficialmente, o Vietnã estabeleceu
relações diplomáticas com 178 nações, e relações econômicas, comerciais e
de investimento com mais de 224 países e territórios dependentes. É membro
das Nações Unidas, da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) e da Organização
Internacional da Francofonia (OIF).”
Vamos, então, às minhas anotações pessoais. Quando se pensa
em Vietnã a primeira imagem que vem à cabeça é a da terrível Guerra do Vietnã,
travada contra os Estados Unidos, e que resultou em milhões de mortos e
destruição em massa. A guerra terminou em 1975 com a derrota dos Estado Unidos
e a reunificação do país, conforme descrito no texto introdutório. Mas a
história desse surpreendente país está muito distante de resumir-me àquele
conflito.
Hanói- Nossa
primeira surpresa ao chegar à Hanói, ao norte do país, foi com o clima. Fazia
um frio de 8° e chovia torrencialmente. Não tínhamos tempo a perder, saímos
logo à rua, e aí constatamos aquilo para o que já nos haviam alertado. O
trânsito no Vietnã (e nos demais países da indochina) é absurdamente caótico
para os nossos padrões ocidentais. Segundo a guia local, existem cerca de 50
milhões de motos num país com apenas 331 mil km² de superfície e uma população
de mais de 90 milhões de habitantes, o que corresponde a uma densidade
populacional de 272 habitantes por km².
Para efeito de comparação, o Estado de São Paulo, o mais densamente
povoado de nosso país, possui uma densidade de 177 habitantes por km². Hanói é
um formigueiro humano, cerca de 8 milhões de habitantes. Atravessar as ruas em
meio às motos, automóveis e tuk-tuks (triciclos motorizados, ou não) parece uma
temeridade. Sinais de trânsito e guardas são uma raridade. O procedimento
adotado é o seguinte: não olhar para os lados, atravessar confiante, devagar,
para que as motos e demais veículos tenham tempo de desviar-se. Loucura?
Funciona! Foi então que eu senti de fato que estava em outra cultura,
radicalmente diferente da nossa selva urbana. Atravessávamos as ruas e
passeamos de tuk-tuk em meio àquele incrível trânsito. Nenhum de nós viu
qualquer acidente, qualquer esbarrão ou um simples xingamento, nada, nada, vida
correndo tranquila.
Em Hanói constatamos a profunda admiração dos vietnamitas
por Ho Chi Minh, grande líder e responsável maior pela tenaz resistência aos
ataques norte-americanos durante a Guerra do Vietnã, e que culminou na vitória
final e a expulsão dos invasores. O Mausoléu de Ho Chi Minh, cultuado como o pai
dos vietnamitas, que visitamos (só é possível por fora) lá está para perpetuar
a sua memória. Próximo ao mausoléu percorremos também uma área onde estão
localizados marcos de sua passagem no período em que ali viveu e trabalhou,
entre Dezembro de 1954 e Setembro de 1969, e também só observados por fora: o
Palácio Presidencial, a casa onde morava,
e dentro da qual se vê o seu escritório de trabalho, os automóveis que o
serviam etc.
Outra presença
importante no país é o budismo. Visitamos o Templo Ngoc Son, o primeiro dos
diversos templos e pagodas (templos em forma de torre, e com as pontas dos
telhados curvadas para cima) que iríamos visitar em nossa viagem pelo país. O
budismo é a religião largamente predominante, mas, segundo nossa guia, é
praticado sem a rigidez de outros países.
Lendas- A cultura vietnamita
abriga diversas lendas. “De acordo com as
lendas locais o primeiro vietnamita descendia do soberano dragão, Lac Long
Quân, e do espírito celestial feminino, Âu Co. Os dois se casaram e
produziram cem ovos, dos quais saíram cem crianças. Seu filho mais
velho, Hùng Vurong, reinou como o primeiro rei do Vietnã.” (2).
Uma outra lenda importante refere-se à tartaruga, animal que é, segundo a lenda
vietnamita, guardiã de uma espada mágica que no século 15 foi usada para
combater invasores chineses. Por isso, é reverenciada no país e chamada de
"bisavô". O último espécime de uma tartaruga gigante viveu no lago
Hoan Kien (que visitamos) em Hanói até há poucos anos e sua morte causou uma
comoção nacional.
A partir de Hanói já vamos tecer algumas observações
pessoais sobre o Vietnã, ratificadas ao final da viagem.
O povo. Com uma história milenar de invasões e dominações,
seria de se pensar em um povo sofrido, propenso à vitimização. Não foi o que
vimos. E isto é um traço fundamental em seu caráter. O país cicatriza suas
passadas feridas, mas pensa no futuro. Acolhe muito bem os turistas, em sua
maioria de países asiáticos. Em todos os lugares encontramos pessoas muito
afáveis, o atendimento em hotéis, restaurantes, lojas é bastante gentil e
profissional. E as surpresas se sucederam. Ressentimento contra os EUA? Imagino
que ainda deva existir, de alguma forma. Seria mais do que compreensível.
Entretanto, para o meu espanto, e satisfação, em todos os hotéis, bares,
restaurante e outros lugares públicos (e também no vizinho Cambódia), a música
que se ouvia era o jazz e os standards da música popular norte-americana E são
encontrados ícones do fast-food (não aprecio) como o McDonald´s, o Burguer
King, o Starbucks Café. Estão lá presentes grandes cadeias de hotel como o
Hilton, onde nos hospedamos em Hanói, com direito ao tratamento afetuoso dos
funcionários. Curiosamente, em Hanói um ressentimento explícito expressado pelo
nosso guia local foi contra a China. Não sei se resquício da milenar dominação
por aquele país ou por uma questão de disputa territorial em curso. Mas há
turistas chineses circulando por toda parte, contribuindo para a economia do
país. Há muita pobreza, sim, mas quanto à miséria não posso afirmar que ela
seja percentualmente representativa, ou não. O povo é solidário, pessoas
preparam comidas nas calçadas em frente aos seus pequenos negócios, e ali as
vendem ou fazem suas refeições à vista de todos. O comercio é intenso, exercido
numa infinidade de lojas e mercados. Os preços são quase sempre objeto de
negociação entre o vendedor e o comprador. Em geral, tudo é barato, pechinchar
abaixo de um determinado preço pode causar um desconforto para quem o faz,
considerando-se que a economia auferida traria mais perda ao vendedor do que
benefício ao comprador.
A fala e a escrita vietnamita. Diferentemente de seus
vizinhos – China, Cambódia, Tailândia e Laos-, em que a escrita usa caracteres
próprios de cada país, a escrita vietnamita é baseada em caracteres latinos.
Disse a nossa guia que tal fato se deve a uma passada influência de
missionários espanhóis e portugueses, além do período de dominação francesa.
Ainda que feita com os nossos caracteres, a escrita é incompreensível para quem
não a tenha estudado, embora seja muito mais fácil fazermos anotações a partir
dela do que a partir da escrita dos países vizinhos. A comunicação com os
locais é feita em inglês. Em hotéis, bons restaurantes e pontos turísticos em
geral o atendimento é feito por atendentes com fluência naquele idioma. Na rua
e no comercio de quinquilharias fala-se apenas o inglês mínimo, essencial para
a comunicação.
A Baia de Ha Long. Tão bonita que parece fantasia. Baseados em
Hanói, nosso tour seguiu para esse lugar mágico, difícil de descrever. Foi
cenário de um filme de James Bond, “Tomorrow never dies”, de 1997. A Baia é
ambientalmente preservada, a vegetação recobrindo as encostas das rochas às
suas margens, livre de poluição. Soltar fogos no Réveillon, ou em qualquer
outra época, é proibido. Nosso tour juntou-se a outros turistas e fomos
embarcados em barco, um pequeno e muito confortável navio onde passamos um
Réveillon para não ser esquecido. Novamente ressalte-se o cuidado e o carinho
da tripulação com os passageiros. Foi servida uma refeição de gala e
apresentado um show ao vivo, iniciado com uma canção da dupla Simon &
Garfunkel, logo seguida de outra de John Denver. Outra vez a música
norte-americana. Barcos semelhantes aos nossos, iluminados e decorados para a
ocasião, emprestavam um colorido especial. Outros shows e brincadeiras se
sucederam integrando os turistas de diversos países. Ao final de tudo, houve um
congraçamento espontâneo, eu estava emocionado e abracei turistas e
especialmente tripulantes vietnamitas em reconhecimento ao que nos haviam
proporcionado. Ficaram profundamente agradecidos.
Sobre a Baia transcrevemos o
seguinte texto:
“A Baía de Ha Long ou Baía
de Alongues (em português: “Onde o Dragão entra no Oceano"),
com cerca de 1.969 ilhotas de calcário que se elevam das águas, é a mais
conhecida baía do Vietname [sic]. A maior parte das ilhas não está
habitada nem afetada pela presença humana. A beleza cénica do sítio é
complementada pelo seu interesse biológico. As ilhas têm um número infinito de
praias, grutas e cavernas. De acordo com a lenda, quando um grande dragão que
vivia nas montanhas correu até ao mar, a sua cauda cavou vales que mais tarde
foram enchidos com água, deixando apenas pedaços de terra à superfície, ou
seja, as inúmeras ilhas que se avistam na baía. A Baía de Ha Long foi
declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1993.”(3)
Retornados à Hanói, a cidade visitada a seguir foi Hoi An, no centro do país. Muitíssimo
menor que Hanói, com uma população de cerca de 120 mil habitantes, Hoi An
praticamente escapou incólume ao bombardeio durante a Guerra do Vietnã, e se
mostra urbanisticamente muito mais bem organizada que a capital. Igualmente o
trânsito é muito menos pesado, passeia-se com tranquilidade por suas lindas
ruas e recantos, a pé ou de bicicleta. Foi o que fizemos, a pé e também por um
lindo passeio de barco, á noite, em um rio que corta a cidade. Particularmente
notável é a “Cidade Velha”, decretada Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 1999.
Um dos maiores prazeres em visitar Hoi An é passear à noite ao longo das ruas
da Cidade Velha sob as cintilantes luzes de uma profusão de belas lanternas
coloridas. Hoi An se destaca pela bela arquitetura de suas casas, templos
dedicados às diversas religiões que marcaram presença no país, pela gastronomia
e muitas outras coisas. Hoje a cidade se dedica também à alfaiataria,
oferecendo aos turistas a oportunidade de fazer roupas sob medidas
personalizadas. É impressionante a quantidade de lojas dedicadas a esse tipo de
negócio.
Da encantadora Hoi An seguimos então para Ho Chi Minh, a maior cidade do Vietnã,
ao sul do país, e cujo nome foi dado em homenagem ao grande líder, em
substituição à antiga denominação Saigon. A cidade é ainda mais populosa que
Hanói, e apresenta o mesmo trânsito caótico aos olhos ocidentais. Pareceu-me,
entretanto, mais rica e charmosa que a capital, conservando ainda um ar
colonial apesar de seu dinamismo. Subimos ao topo de um dos altos edifícios e
contemplamos uma bela e ampla vista da cidade, com muitas construções
modernas. Visitamos o Palácio
Presidencial (atualmente Palácio da Reunificação); o Templo Thien Hau,
construído em homenagem à Deusa do Mar; a Catedral Notre Dame, construção que
remonta à presença francesa e o Museu das Relíquias da Guerra.
E foi então que travamos um contato direto com os horrores
da Guerra do Vietnã. Já no pátio do museu encontramos aviões supersônicos do
modelo F5 ou alguns caças projetados para dois tripulantes. Lá estão um
helicóptero e tanques norte-americanos, além de embarcações para soldados e
diversos tipos de armamentos, como metralhadoras, lança-mísseis e alguns
torpedos e bombas. Na parte interna do museu estão expostas algumas das armas,
metralhadoras, pistolas, minas terrestres, munição e mísseis utilizadas pelos
EUA na guerra. Por toda parte estão
afixados quadros e cartazes relatando detalhes sobre o terrível confronto.
Fazem questão de deixar registrado pormenores da barbárie, nem sonhados pela
imensa maioria dos visitantes. E lá também estão armamentos utilizados pelos
dois exércitos, assim como se encontra, extremamente chocante, uma exposição de
fotos de pessoas severamente deformadas pelos efeitos da guerra química –
napalm e, especialmente ´pelo agente laranja, este destinado a desfolhar as
árvores sob as quais os vietnamitas se abrigavam, despejados pelos bombardeios
norte-americanos.
Um contato mais direto ainda foi na visita a Ku Chi, a
famosa rede de túneis de quilômetros de extensão utilizadas pelos
norte-vietnamitas (evito o termo vietcongue porque o nosso guia informou ser
bastante ofensivo) para se esconder e para deles emergir surpreendendo o
inimigo em ataques de surpresa. Experimentamos entrar em um túnel por um acesso
disfarçado no solo e percorremos um pequeno trecho. Era muito estreito, e
tínhamos que andar abaixados. É inimaginável como os norte-vietnamitas
conseguiam viver ali. Vimos ainda armadilhas que preparavam para o exército
invasor: fossos cavados no chão e guarnecidos ao fundo com estacas pontiagudas
sobre as quais os inimigos caiam ao, inadvertidamente, pisar sobre tampos
cuidadosamente recobertos com vegetação.
A guerra foi extremamente bárbara, e teve como pano de fundo
a Guerra Fria travada entre as duas superpotências, Estados Unidos, diretamente
envolvidos no conflito, e a então União Soviética. O antigo Vietnã do Sul
dependia da ajuda econômica e militar dos EUA, enquanto o Vietnã do Norte recebia
apoio da União Soviética e da China. E se estendeu a territórios vizinhos que
hoje constituem os países Laos e Cambódia. Ao final da guerra, em 1975, com seu
território destroçado, o país foi reunificado.
O número de vítimas é bastante impreciso do lado vietnamita,
variando de 1,1 a 3 milhões, aí incluídos os civis. Algumas fontes coincidem na
estimativa em torno de 2 milhões. Do lado norte-americano estima-se em cerca de
60 mil, basicamente combatentes. Notável também foram as baixas causadas pelas
forças invasoras nos vizinhos Cambódia e Laos. Mas restaram ainda as sequelas
físicas, largamente majoritárias entre os vietnamitas, e psicológicas, essas
também afetando muito os norte-americanos. É conhecida a figura do veterano de
guerra, sofrendo do que ficou conhecido como TEPT – Transtorno do Estresse
Pós-Traumático –, tomado de um surto e
atirando indiscriminadamente contra uma aglomeração de pessoas até suicidar-se
ou ser morto pela polícia. É vasta a literatura e a filmografia sobre o conflito.
Na Netflix encontra-se o documentário The
Viet Nan War (2017), em 10 episódios, um relato nu e cru dos horrores,
incluindo depoimentos de combatentes de ambos os lados, e mostrando as
vacilações e as mentiras dos presidentes dos EUA naquele período ao seu próprio
povo à medida em que a vitória escapava e se intensificava a oposição interna,
iniciada quando as pessoas começaram a tomar ciência da realidade da guerra e
que lhes era escamoteada. Os movimentos de protestos sofreram violenta
repressão do governo, mas acabaram desempenhando importante papel na decisão de
pôr um fim à guerra, no ano de 1975. O grande líder Ho Chi Minh faleceu em
1969, mas em espírito continuou sendo fundamental para a resistência de seu
povo. O tempo passa e o país vai se recuperando, conforme mostrado no texto
introdutório e na seguinte informação: “Em
1995, quarenta anos após o término da guerra, EUA e Vietnã normalizaram suas
relações e anunciaram um acordo amplo em 2013. O comércio bilateral movimentou
quase US$ 35 bilhões em 2014” (4).
Deixando de lado as barbaridades, em nossa última noite em
Ho Chi Minh passeamos por uma extensa e bem iluminada praça situada muito
próxima ao nosso hotel. Flanávamos tranquilos, sem qualquer sensação de ameaça.
Lá vimos uma horda de turistas e de locais, as crianças entrando e se banhando
sob os esguichos d´água que emanavam de fontes luminosas. Uma alegria
emocionante.
Ratifico aqui as impressões externadas ao início do meu
texto. Claro está que em uma única viagem, por mais intensa que tenha sido, não
se abarca toda a realidade de um país tão complexo. Recorri à leitura de textos
e documentários cinematográficos para enriquecer as minhas anotações.
Importante assinalar o fato bastante significativo de que em nosso tour
diversas pessoas, incluindo a organizadora, já haviam estado ao menos uma vez
no Vietnã.
No dia seguinte seguimos viagem para a pequena Siem Reap, no
Cambódia, onde visitaríamos, dentre outras coisas, o Templo de Angkor Wat,
outro Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Mas, aí já é outra estória.
(4)
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/dez-curiosidades-sobre-a-guerra-do-vietna-40-anos-depois.html
(acesso em 07/02/2019)
Até a próxima.
Fevereiro/2019
Show Zé ....gerou água na boca...que jornada incrível, parabéns pelo vcs bjso
ResponderExcluirZé Antônio, fiquei encantada com seu relado e sua escrita.
ResponderExcluirRevisitei nossa viagem, o roteiro, as surpresas e as emoções vividas.
Cheguei com o desejo de lá retornar e agora está aceso de novo.
Sou testemunha de tudo o que você descreveu, assino e autentico seu relato. As fotos mis revalidam.
Compartilhamos ótimos momentos, nos irmanamos nas curiosidades e descobertas, em muitos prazeres e poucos desprazeres, felizmente.
No decorrer dessa rica experiência assistimos ao nascimento de uma nova amizade.
Saudades suas, da Edna e da Karin.
Abraços,
Maria Amalia
O comentário acima me foi transmitido pela Maria Amália, via WhatsApp, com o pedido de que eu o postasse aqui no blog. Ela foi uma grata amizade que fizemos na viagem.
ResponderExcluirQuerido amigo leí detenidamente tu maravilloso relato del país que dejó más significancia en mi alma , hiciste una muy buena relación entre lo vivido y las pesquisas que obtuviste , bravo !!! En cada una de tus palabras del relato reviví los instantes y sentimientos que se nos ofrecían como espectador frente a esos lugares inolvidables grabados en nuestras retinas ... el viaje en barco por la bahía, el silencio de su recorrido , el frío a veces al salir a la borda , el paseo a la curvas, las caminatas por las callejuelas de Hà Nội con sus multicolores faroles , los innumerables mercados atocigados de multicolores frutas y verduras ... su gente, nuestra añosa amistad ( como yo digo ) y los nuevos amigos qué hay que agregar ...todo , todo constituye una experiencia inolvidable ... gracias por recordarme esos momentos . Besos.
ResponderExcluirO comentário acima me foi transmitido pela caríssima amiga chilena, Karin, via WhatsApp. Obrigado, querida amiga, pela sua avaliação. Abraços.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo, seus relatos me permitiram embarcar nesta jornada incrível. Obrigada pela riqueza de detalhes e por compartilhar esta bela experiência. Beijos.
ResponderExcluirJosé Antonio,
ResponderExcluirLendo seu relato sobre os encantos de Hanói, Hoi An, Hochi Minh e a Baía de Ha Long, fiquei com muita vontade de visitar o que foi vivenciado por vocês, espero ir em breve lá.
Interessante também seu relato sobre o trânsito local e fiquei impressionado por não haver sequelas profundas atualmente no relacionamento com os americanos, apesar das barbáries da guerra.
O acordo firmado em 2013 mostra que apesar de haver ressentimentos estão sim pensando em seu crescimento futuro.
Parabéns pela crônica e quero ver com mais detalhes a documentação fotográfica da viagem.
Forte Abraço, Mauricio
Ah! Você andou de tuk tuk! É mesmo uma experiência emocionante. E atravessar a rua num trânsito caótico! Outra emoção. Amigo, lembrei de meu dias na Índia. Visitar lugares tão diferente de nossa cultura é realmente uma experiência enriquecedora para nutrir nossa sensibilidade humana. Obrigada pelo relato e por compartilhar suas impressões. Beijão
ResponderExcluirCorreções:
ResponderExcluirmeus dias
lugares tão diferentes
Queridos José Antonio e Edna,
ResponderExcluirConfesso que fiquei com uma pontinha de “inveja” com esse roteiro de viagem ao Vietnã tão maravilhoso e excêntrico. O texto do José descreve tão bem os locais, a cultura e as belezas que me senti fazendo parte dessa aventura rs rs rs !!!
Eu já tinha lido muito sobre a formosa baia de HA LONG mas as lendas locais são fascinantes misturando dragões e tartarugas que colocaram ovos dos quais saíram filhos !!!
Os horrores da guerra e seus 3 milhões de mortos fazem a gente refletir e admirar este povo tão aguerrido .
Parabéns amigo, pelo texto lindo e por essa experiência!
Beijos KIKA
O comentário acima veio da minha querida amiga Kika Seixas, viúva do fabuloso Raul Seixas, e postado a pedido dela.
ResponderExcluirJosé Antonio,
ResponderExcluirLer o texto sobre a sua viagem ao Vietnã ao lado da minha avó de 93 anos foi incrível! Ao longo do texto ela relembrou vários momentos da viagem que fez há 20 anos para o mesmo local e aprendeu coisas que até então ela não sabia. Adoramos as lendas! Eu ainda não tive a oportunidade de conhecer o Vietnã, mas agora estou morrendo de vontade de ir! Obrigada por compartilhar a sua experiência.
Grande abraço,
Christina