O
Síndico
Todos os condôminos
deveriam, ao menos uma vez na vida, ser o Síndico do seu prédio. Só assim eles
sentiriam na carne o que significa lidar com uma comunidade.
A
eleição
Aproximava-se
a Assembleia Geral de Condôminos - AGO de um prédio de classe média em um
bairro bastante valorizado da cidade. Dentre outros assuntos para deliberação
estava a nomeação da nova administração. A pessoa que exercia o cargo de
Síndico demonstrava alívio com o término de seu mandato, e não cogitava
candidatar-se a encarar um segundo. Após muitos anos de participação ativa na
administração, compondo o Conselho Consultivo, Tinoco julgava que sempre
conseguiria escapar do temido cargo.
Antevia perfeitamente a vasta gama de problemas que teria pela frente.
Mas, daquela vez estava difícil: “Afinal, você nunca foi Síndico” - cobrou um
dos colegas da administração. “Você conhece bem o prédio, todos temos muita
confiança em sua capacidade, e vamos ajudá-lo.”- reforçou outro. Estava difícil
escapar. Tinoco fazia parte de um grupo unido, do qual muitos integrantes já
haviam exercido aquele cargo; não aceitar a candidatura seria correr o risco da
eleição de alguém não comprometido com o programa de obras cuja execução o
grupo considerava imprescindível para o prédio.
Ouviu seu nome ser lançado por um membro do grupo: não houve quem mais
se candidatasse, e Tinoco foi eleito por unanimidade em uma AGO à qual
compareceu um número muito expressivo de condôminos, o que não era comum. Isso
porque da pauta constava outro item, realização de obras, sempre muito
questionadas por quem não se dispunha a arcar com o seu custo,
independentemente de sua necessidade e urgência. Muito cumprimentado, fez
questão de encerrar a assembleia alertando que não esperassem milagres de sua
administração, que iria se dedicar ao cargo com todo o empenho, mas que
atentassem que um Síndico não é um empregado do condomínio. Era um recado claro
que ele passava, mas que não tinha esperança de que viesse a ser captado. E logo
começaram os problemas.
O
Livro de Sugestões e Reclamações
Assumiu
o cargo e de pronto se viu confrontado com um dos pesadelos de um Síndico: O Livro de Sugestões e Reclamações, colocado na Portaria
do prédio à disposição dos condôminos. O título do livro bem que poderia ser
simplesmente Livro de Reclamações, pois sugestões e reconhecimentos eram
extremamente raros.
-
Prezado senhor Síndico: gostaria de saber por que uma correspondência a mim
dirigida chegou hoje pela manhã na portaria do prédio e eu não fui logo
avisada? É um absurdo! (Ass. ---); - Prezado senhor Síndico: quero protestar
quanto à desarrumação na garagem, ferramentas largadas pra todo lado, o pessoal
da obra precisa ser mais cuidadoso. (Ass.---); - Senhor Síndico: o meu vizinho
de cima escuta música alto a noite toda e eu não consigo dormir. O senhor tem
que tomar uma providência, isso não pode continuar. (Ass.---); - Meu caro
Síndico: onde está escrito que eu não posso sair com o meu cachorro pelo portão
automático da garagem? (Ass.---).
Xixi
de cachorro
-
Senhor Síndico: o cachorro do apartamento 504, quando saiu para passear com o
seu dono, urinou na garagem. E não é a primeira vez que ele faz isso. É uma
nojeira. (Ass. ---) - outra reclamação recorrente no prédio. Cães, ao saírem
dos apartamentos com seus donos, ou com os ditos passeadores de cães,
simplesmente faziam suas necessidades nas partes comuns do prédio, sem que
fossem educados a esperar pela saída à rua. Notificado da ocorrência, o
proprietário do animal negou de forma irônica. - Seu Síndico, o cachorro fez
xixi: dia 13, 7:12 horas. - assim estava anotado no bilhetinho que o porteiro
lhe passou, obedecendo a uma ordem que recebera do Síndico para que
acompanhasse, pelo circuito interno de monitoramento do prédio, o momento e o
local exato em que o tal cachorro fizesse suas necessidades. Mais bilhetes: -
Cachorro fez xixi: dia 14, 7:11 horas. - Cachorro fez xixi: dia 15, 7:10 horas.
Era o bastante. O Síndico convidou como testemunha dois colegas da
administração e localizaram as cenas da micção canina devidamente registradas
no computador. Com essa prova documental em mãos, Tinoco pode então enviar uma
segunda notificação, dessa feita acompanhada de multa pela infração cometida.
Somente então o cão teve seus hábitos urinários adequados à higiene do prédio.
Caso
de polícia
-
Prezado senhor Síndico: comunico que a bicicleta do meu filho foi roubada
dentro do estacionamento do prédio. Já registrei Boletim de Ocorrência na
polícia. O condomínio tem responsabilidade. Aguardo seu contato. (Ass.---). -
Minha senhora: o condomínio não tem qualquer responsabilidade, isso está claro
no Regimento Interno. Indo à polícia a senhora vai fazer com que eu deixe os
meus afazeres e tenha que comparecer onde e quando ela determinar. Isso é
extremamente desconfortável para mim.
Condôminos
x empregados
E
havia ainda que se cuidar das delicadas relações entre condôminos e empregados,
esses sempre servindo de para-raios para as descargas de mau humor e de fúria
dos contestadores compulsivos. - Senhor A.? O senhor poderia vir aqui na
garagem para colocar o seu carro direito na vaga? O morador do 302 mandou eu avisar que o
senhor está ocupando duas vagas. - Diz a ele pra cuidar da vida dele, eu não
vou descer coisa nenhuma. E não me interfone mais sobre isso - esse era um
típico diálogo mostrando um empregado numa difícil posição entre dois
moradores, problema que acabava sobrando para o Síndico.
O
interfone
Trrim!
Trrim! O interfone é outro inferno na vida de um Síndico, invade sua
privacidade, não respeita horários, seu irritante toque é sempre um prenúncio
de problema; ninguém usa o interfone para cumprimentar o síndico, lhe agradecer
por um serviço prestado. Trrim! Trrim! Tocou. Tinoco atendeu. - Alô? - O senhor
é o Síndico, não é? Estou com um problema muito sério aqui no meu apartamento:
tem uma infiltração, está minando água da parede, e vem por trás do meu
armário, que está todo podre pela umidade. Preciso de um bombeiro agora para resolver isso. - Minha
senhora, se o armário já está todo podre, essa infiltração está acontecendo há
muito tempo; calma, eu não tenho um profissional de plantão para atender agora. - um bombeiro foi chamado para
verificar, na manhã seguinte, no apartamento imediatamente acima, a provável
origem da infiltração. - São 9:00 horas e o bombeiro ainda ao chegou. Vou ter que
ir embora, tenho que trabalhar! - bradou, nervosa, a moradora do apartamento de
cima. - É uma emergência, a senhora não pode isolar o resto do seu apartamento
e deixar que eu e o porteiro acompanhemos o bombeiro na sua área de serviço? -
Mas, onde está esse bombeiro? Está vindo? Quando chega? - Não sei, com esse
trânsito eu não posso dizer, só posso dizer que ele está vindo. - afinal chegou
o bombeiro, a moça estava de fato muito, muito nervosa. Verificada a origem do
vazamento, realmente de uma tubulação apodrecida no banheiro de empregada de
sua unidade, ela permitiu a necessária obra de reparo. Mais difícil ainda foi o
reparo no apartamento de baixo, paredes e armários, tamanhas as imposições de
horário feitas pela moradora para que se realizassem serviços em seu
apartamento.
As
múltiplas atribuições do Síndico
O Síndico é visto, salvo pelas exceções de
sempre, com antipatia e, de fato, como um empregado do prédio que está na
posição para resolver de imediato, não somente os problemas do condomínio, mas
também os da rua e até mesmo questões pessoais e caprichos de muitos
condôminos. Em tempos passados era fácil exercer esse cargo. Um Síndico típico
podia ser um militar da reserva ou um alto funcionário público aposentado,
qualquer um deles a administrar com mão de ferro o seu feudo. Mas os tempos
eram outros. Com a mudança de cultura da sociedade após longos anos de ditadura
militar surgiu a hipertrofia dos direitos em detrimento dos deveres. Aquele
condomínio era um laboratório para estudar-se os vícios de toda uma coletividade.
As pessoas não mais pensavam no bem comum, a lhaneza no trato e na argumentação
fora substituída pela agressividade e pelo vale tudo para assegurar os seus
pretensos direitos, seja pela pura e simples intimidação, seja pela ameaça de
processos judiciais. Nessa judicialização
da vida ganha quem pode pagar bons advogados, entendidos como aqueles que
cobram caro e sabem tirar vantagens de tecnicalidades e brechas da lei em
benefício de seus clientes. Alem das graves responsabilidades atinentes a um
Síndico, espera-se que questiúnculas do dia a dia entre condôminos sejam também
por ele resolvidas. Em um prédio com 50 unidades, como era o caso, e
admitindo-se em média quatro moradores por unidade, alem de uma empregada
doméstica, tem-se uma população fixa em torno de 250 pessoas, alem do quadro
permanente de funcionários. Soma-se a isso um grande número de visitantes do
círculo social dos moradores, de prestadores de serviços, de entregadores de
mercadorias etc. e se tem uma microcidade, um laboratório onde se pode estudar
os vícios de uma coletividade individualista e hipercompetitiva. Em tal microcosmo
encontram-se, ao lado dos cidadãos conscientes e cooperativos, aqueles que
querem levar vantagem em tudo; os eternamente insatisfeitos com o que quer que
a administração do condomínio realize; os criadores de caso e contestadores
profissionais; os infratores contumazes do regimento do prédio (curiosamente,
em geral encontradiços entre os mais contundentes críticos); os omissos; os que
administram financeiramente sua inadimplência em relação às contribuições
condominiais: “Pagar atrasado é uma prerrogativa minha!” - defendem-se quando
solicitados a pagar em dia (o Síndico que se vire); os vândalos, depredadores e
até mesmo sociopatas. Enfim, ao eleger-se um Síndico, os condôminos lavam as
mãos e depositam sobre ele o peso do dever de resolver todos os problemas da
comunidade, sem, contudo, transferir-lhe poder na mesma proporção
Síndico-Prefeito
Ocorreu
assalto nas redondezas do prédio? Algum condômino caiu no golpe do sequestro,
passado por telefone? Faltou energia por problemas na rede pública, o prédio
ficando às escuras? A CEDAE esburacou a rua para um serviço e não refez o
asfalto? Há um poste de iluminação pública, ainda que afastado do prédio, em
avançado estado de corrosão? - eram circunstâncias que logo traziam cobranças
do tipo: “Onde está o Síndico que não faz nada? Eu pago condomínio, tenho
direito a segurança”. Eu pago condomínio: outro mantra recitado pelos moradores. Era
bastante árduo o dia a dia de Tinoco, que sacrificava sobremaneira sua vida
particular, sua saúde, no cumprimento do mandato.
Onde
está escrito
Onde está escrito.
Esse é um dos modos mais comuns de confrontação utilizados pelos condôminos
quando instados a cumprir até mesmo orientações do mais puro bom senso.
Pacientemente Tinoco organizou um conjunto de documentos que regiam as relações
condominiais - a Convenção de Condomínio, o Regimento Interno e excertos de
Atas de assembleias que de alguma forma suportassem medidas tomadas pelo Síndico
- e endereçou uma cópia a cada um dos condôminos. - Mas, onde é que está
escrito isso? - insistiam os mais renitentes ao não encontrarem nesses
documentos um claro abono a uma decisão de Tinoco sobre uma questão bastante particular
de um condômino. A todos ele respondia que constava no Regimento que as
questões omissas deveriam ser resolvidas pelo Síndico. - É um absurdo! -
protestavam os ainda inconformados, assumindo uma atitude de desafio. - era
preciso ter paciência e ao mesmo tempo firmeza para lidar com a vasta gama de
situações que surgiam.
Falcatruas
Entretanto,
havia no condomínio um problema incomparavelmente mais grave a ser tratado por ele.
Tratava-se de uma série de falcatruas que uma administração anterior à sua perpetrara,
causando grandes prejuízos financeiros ao condomínio, contra o qual haviam
sido, inclusive, impetradas ações na justiça. Com grande paciência e coragem
Tinoco resolveu encarar de frente a situação, para isso empregando boa parte de
seu tempo em vilegiatura a órgãos da administração pública, cartórios etc., em
visitas quase sempre frustrantes. Seu mandato estava por terminar.
A
reeleição
Chegou
afinal o dia da Assembleia Geral dos Condôminos, a AGO que elegeria a nova
administração do prédio. O quorum seria mínimo, caso na pauta da convocação
constasse apenas o assunto da eleição, pois todos criticavam o Síndico, mas
refugavam apresentar-se como alternativa.
Tinoco então fez questão de acrescentar um item: Relato do estado das
providências de apuração de graves irregularidades no condomínio. Isso foi
o bastante para que se consignasse um comparecimento da quase totalidade dos
condôminos: 45, ao todo. Dentre os presentes estava o ex-Síndico em cujo
mandato se originaram as falcatruas. Aberta a sessão pelo Presidente, o Síndico
pediu a palavra e informou que faria uma detalhada exposição do que já havia
sido apurado e o que restava por apurar.
Mal começou o seu relato foi interpelado de maneira furiosa pelo
ex-Síndico, que, conquanto praticamente nada houvesse ainda sido exposto, para
estupor geral berrou tratar-se de calúnias, levantou-se e, de dedo em riste
avançou sobre um perplexo Tinoco. Vociferando injúrias e num crescendo de ira o
desvairado empurrou o Síndico e lhe disse alto e bom som: “Não vou te bater,
pois você não é homem”, após o que retomou o seu lugar. Mantendo um quase
impossível controle Tinoco retomou então sua narrativa, deixando claro que se
tratava ainda de uma investigação em andamento e tomando sempre o cuidado de
não fazer julgamentos, o que caberia à justiça. Não havendo mais qualquer
manifestação a respeito, no prosseguimento da AGO Tinoco foi reeleito Síndico,
por aclamação. Ele aceitou permanecer no cargo, movido por um samaritano desejo
de levar até o fim a investigação. Lavrada a Ata, na qual estava descrito o
incidente das agressões verbais e ameaças físicas da parte do ex-Síndico contra
o Síndico, foi ela devidamente assinada pelo Presidente e pelo Secretário. Era
o documento que Tinoco precisava para ajuizar uma queixa-crime contra seu
agressor, por lhe haver denegrido a honra.
Na
Corte de Justiça
Com uma brilhante carreira acadêmica, a jovem juíza não
teve dificuldade em obter uma excelente classificação num concurso público para
a magistratura. Togada, passou a ser conhecida por sua arrogância e impaciência
na lida com os processos e com as pessoas. Encarava sua atuação em um tribunal
de primeira instância como um mero rito de passagem para atingir posições bem
mais elevadas. Ela ansiava pelo dia em que seria desembargadora, ou ministra:
ela merecia isso, a indulgente
auto-avaliação de sua competência profissional exigia isso. A juíza tinha boa
formação, e, embora ainda lhe faltasse “janela”, no sentido de conhecimento de
jurisprudência, ela já sabia razoavelmente manejar as ferramentas de sua
profissão. Mas lhe faltava conhecer o ser humano. E isso viria a se demonstrar uma
falha extremamente grave.
Naquele dia a juíza estava particularmente de mau humor.
Estressada, passou os olhos rapidamente no processo que tinha diante de si.
Tratava-se da causa de um cidadão que alegava ter sofrido danos à sua honra em
uma Assembleia de Condôminos. Não se deu o trabalho de fazer uma leitura linear
do texto, saltando os olhos rapidamente sobre as linhas e páginas já se sentia
suficientemente informada. Era mais um aborrecimento para ela, uma causa
indigna de sua ocupação. Na sala de espera sentavam-se, tensos, de um lado Tinoco
e seu advogado, e do outro lado posicionavam-se o réu e seu advogado. Já
aguardavam há mais de uma hora quando a porta se abriu e eles foram
encaminhados à presença da juíza. Ela não respondeu à saudação de bom dia que
lhe foi feita. Secamente ordenou que todos se sentassem. Tinoco estava lívido,
sua face contraiu-se num ricto, num prenúncio de que alguma coisa horrível
estaria prestes a acontecer. Sem paciência, e indo direto ao ponto, a
magistrada perguntou às partes se elas considerariam fazer um acordo.
Adiantando-se a todos, e no limite de seu controle, Tinoco começou com voz
trêmula a responder: - Eu não estou de acordo, a ação deve prosseguir. A
senhora, por favor...”- no que foi rispidamente interrompido: “A senhora, não!
Aqui o tratamento é Meritíssima. Quando se dirigir a mim, fale: Meritíssima!”-
O senhor deve entender que fiz a proposta de um acordo porque a lei me obriga a
isso. E devo dizer que considero a ação improcedente. Examinei acuradamente a
questão e não há como concluir-se pela tipificação pretendida pelo senhor. - e
continuou: - Discussões acaloradas no decorrer de uma assembleia de condôminos
são circunstâncias da vida. (ficava claro que ela não lera a Ata, pois as
agressões, devidamente lavradas naquele documento, aconteceram no início da
assembleia, quando nada de relevante fora ainda trazido a baila). “No fervor
emocional - prosseguiu a magistrada - é comum a descortesia no tratamento e até
mesmo serem proferidos xingamentos e palavrões, o que não caracterizaria um
crime contra a honra”. (a juíza sancionava o palavrão, ele poderia ter sido
usado sem problemas pelo agressor). “E, quanto à reparação financeira por danos
morais, precisamos acabar com a indústria das indenizações...” - não terminou sua
fala. No fervor emocional é comum a
descortesia no tratamento e até mesmo serem proferidos xingamentos e palavrões,
fundamentou-se Tinoco nas próprias palavras da juíza para atalhar: “A
Meritíssima pode então enfiar a indenização no rabo!” E prosseguiu em uma
torrente de palavrões do mais baixo calão achacados contra a honra da juíza, assaltado
por uma santa cólera, para perplexidade dos advogados. Terminada a catarse, a
magistrada, empalidecida e com um tremor nos lábios, recompôs-se e chamou a segurança
para retirar o transtornado da sala de audiência e lhe dar voz de prisão.
Epílogo
Tinoco não opôs qualquer resistência à sua prisão, assim
como não se defendeu no processo resultante na sentença que lhe valeu alguns
anos de encarceramento. A ele não se aplicou a progressão da pena, uma
aberração jurídica que permitia ao pior dos criminosos ser posto em liberdade
depois de cumprida uma pequena fração de sua sentença E em todo aquele período
de isolamento Tinoco não recebeu qualquer visita íntima, benefício concedido a
tantos outros encarcerados, nem tampouco um aparelho celular contrabandeado
para uma cela, com a doce complacência dos carcereiros. Jamais reclamou, estava
em paz com a sua consciência.
Janeiro/2018
Bravo Tinoco! Bravíssimo! Você deve ter lavado a alma de muitos leitores. Inclusive desta esfalfada subsíndica e cidadã brasileira.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirValeu Beth. O objetivo foi mesmo o de lavar a alma de tantos síndicos que sofrem por aí. Eu já fui Síndico em dois períodos, e continuo participando da administração, quase todas as coisas que ali estão se passaram comigo. Tenho consciência de que fui um bom Síndico, queriam que eu continuasse.Felizmente por aqui não houve falcatruas, mas soube de um condomínio onde elas aconteceram. O final da crônica, até um certo ponto, tem muito de verdade.
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